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Vacina: a dose de vida para quem quase a perdeu

Vacina a dose de vida para quem quase a perdeu

Crianças nascidas após 16 de julho de 1961 foram privilegiadas em receber a vacina de poliomielite, doença infectocontagiosa viral aguda descrita desde a antiguidade, porém reconhecida como problema de saúde pública somente no final do século XIX, quando epidemias começaram a ser registradas em vários países do mundo.

É causada por três tipos de poliovírus (I, II e II) e manifesta-se em grande parte, por infecções inaparentes ou quadro febril inespecífico, em 90 a 95% dos casos. Nos quadros mais severos, a poliomielite pode manifestar-se com meningite asséptica, formas paralíticas e causar óbito.

As formas paralíticas representam cerca de 1 a 1,6% dos casos e a transmissão pode ocorrer de pessoa-a-pessoa, através de secreções nasofaringes, ou de objetos, alimentos e água, contaminados com fezes de doentes ou portadores. O período de incubação varia de 2 a 30 dias.

Por se tratar de uma doença contagiosa, pessoas que fossem diagnosticadas com essa doença eram isoladas do convívio e aos poucos iam perdendo os movimentos musculares, até chegar à paralisia total.

O Brasil viveu esse surto de poliomielite na década de 70 e infelizmente muitas pessoas morreram. Entretanto em 1976 uma criança de 1 ano e 9 meses, no colo de seus pais quase morta, foi internada no Hospital das Clínicas de São Paulo, sobreviveu e convive até hoje com as sequelas da doença.

Eliane Zagui é considerada um milagre divino pelos médicos pois ela enfrentou a paralisia do corpo e viveu acamada no IOT, Instituto de Ortopedia e Traumatologia por 43 anos. Eliane cresceu no hospital junto de outras crianças que também tinham poliomielite e vive até hoje uma linda história de superação.

Vacina Eliana Zagui

Quando Eliana Zagui nasceu já existia a vacina contra poliomielite, porém, nas vezes que sua mãe a levou para ser vacinada Eliana estava com febre, o que impossibilitou a aplicação.

Em 1989 são registrados os últimos casos de isolamento de poliovírus selvagem no Estado de São Paulo e no Brasil, após um período de realização de grandes campanhas vacinais e vigilância epidemiológica. Em 1991, no Peru é registrado o último caso das Américas. Em 1994, o país recebeu da OMS/OPS o “Certificado de Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem nas Américas”. A partir de então, o Brasil reafirma seu compromisso em manter altas coberturas vacinais e uma vigilância epidemiológica ativa de todo quadro de paralisia flácida aguda (PFA), possibilitando, assim, a identificação imediata e precoce da reintrodução do poliovírus, e a adoção de medidas de controle para impedir sua disseminação.

Nunca deixe de se vacinar! Vacina salva vidas!

Vacina Eliana Zagui

Eliane virou artista plástica e usa a boca para pintar e interagir nas redes sociais.

Quer acompanhar e ajudar Eliane? Acesse: https://www.instagram.com/elianazagui/

Para mais informações e esclarecimentos: