O dia 24 de março foi escolhido pela OMS em 1982 como dia mundial de combate à Tuberculose. A data faz parte da semana de conscientização da luta contra esta doença infectocontagiosa que apesar de curável ainda é um grande desafio para a saúde pública. Neste artigo você vai entender um pouco mais sobre seu histórico, as raízes do problema, os desafios e as iniciativas adotadas para combatê-la.
Apesar de ter sido batizada com este nome em 1882 pelo bacteriologista alemão Robert Koch, é uma das doenças mais antigas do mundo, tendo registros de 8.000 antes de Cristo. À época, a doença se espalhou pelo mundo em função das guerras.
Mais tarde, por volta dos séculos XVII e XVIII, os estudos de anatomia fizeram com que a doença passasse a ser conhecida pelo seu nome atual, e tratada a partir de protocolos higieno-dietéticos: repouso, boa alimentação e isolamento em clima montanhoso (sanatórios).
No Brasil, o Estado passou a atuar no combate no início do século XX, através da criação da Inspetoria de Profilaxia da Tuberculose. A invenção da vacina BCG em 1930 é considerada um marco nos avanços dessa luta, seguido da descoberta da quimioterapia antibiótica específica, em 1940.
A partir da década de 90, voltou a crescer, acometendo portadores de HIV no que se denomina coinfecção. Dessa forma, mata aproximadamente 33% dos soropositivos.
“O Brasil conseguiu atingir as Metas dos Objetivos do Milênio (ODM) de combate à tuberculose com três anos de antecedência e, em 2015, aderiu ao compromisso global de redução de 95% dos óbitos e 90% do coeficiente de incidência da doença até 2035.”(Agência Fiocruz de Notícias).
Apesar dessas boas notícias, ainda existem muitos desafios, principalmente porque a tuberculose é um problema social, e o enfrentamento da doença no contexto da pandemia de COVID-19 ganhou novos obstáculos, como a sobrecarga do sistema de saúde.
É o que constata o Boletim Epidemiológico de 2021, emitido pelo Ministério da Saúde. Segundo o documento, houve redução das notificações e do consumo de cartuchos de teste rápido molecular para a tuberculose. Tais indicadores servem apenas como uma prévia do comportamento da tuberculose durante a pandemia de COVID-19.
Entre os fatores que dificultam o fim da Tuberculose como problema de saúde pública, três são os principais. Acompanhe.
A cor escolhida para representar o dia mundial do combate à Tuberculose é o vermelho. No Brasil, a Parceria Contra a Tuberculose (Stop TB Brasil) atua com uma frente de mais de 100 organizações apoiando o governo nos âmbitos estadual e municipal no enfrentamento à doença, também no ensino e na pesquisa.
Concluímos que tanto a sociedade civil quanto a iniciativa privada, assim como as autoridades e o Ministério da Saúde precisam promover ações pelo fim da Tuberculose.
Agora que você já conhece as raízes do cenário atual da tuberculose e sabe quais as dificuldades enfrentadas especialmente pelos países onde há populações marginalizadas, que tal manifestar seu apoio a esta causa?